quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Celesc – Ética x Assédio

Ética é o conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade. A ética está ligada umbilicalmente aos princípios que motivam, disciplinam, orientam ou mesmo distorcem o comportamento humano, refletindo especialmente a respeito da essência das normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social.

Ética no trabalho é uma preocupação constante, e mesmo quando não há um código específico ou uma conduta objetivamente definida a ser seguida na sua empresa ou profissão, em geral o senso comum é empregado para tentar identificar quais os comportamentos aceitáveis e quais os que ferem princípios ou são antiéticos. Ser ético é tudo aquilo que ajuda a melhorar o ambiente em que se vive tornando-o saudável.

Porém, não é o que vem ocorrendo na Celesc Distribuição atualmente, pois quando não existe ética e moral, cada um atira pra um lado. E todo mundo sabe o que vem ocorrendo entre os diretores da Celesc: é só tiro de franco atirador, é o que chamamos de fogo amigo. Quando a cúpula não se entende, seus gerentes também aproveitam, e a festa está pronta. Quem paga são os/as trabalhadores/as e a imagem da empresa. Nunca se viu tanta abertura de inquéritos administrativos por diversos motivos: desvio de materiais, assédio moral e sexual, entre outros.

A Celesc não possui um plano gerencial e a influência política partidária é o que mais incomoda os/as trabalhadores/as, pois, pra ser gerente tem que ter QI (Quem Indica), e muitas vezes são pessoas despreparadas para gerenciar pessoas. E a empresa é quem paga! Uma ação judicial movida recentemente pelo Sinergia contra uma gerente da Celesc por prática de assédio moral contra um trabalhador, teve sentença favorável à vítima, porém ainda cabe recurso.

Veja parte da sentença: “Neste contexto, a atitude da Sra. Soraia, ao se valer da sua superioridade hierárquica para deixar o autor na ociosidade, além de retirar-lhe o telefone (que já estava adaptado para atender à insuficiência auditiva) e – o que é ainda pior e mais grave – tecendo comentários infelizes e maldosos a respeito de sua deficiência física, caracterizam, sim, procedimento discriminatório que gera, sem dúvida, direito a indenização por dano moral, pois ofende a honra, a intimidade e a dignidade do trabalhador. Por tais razões, acolho o pedido para condenar a ré a pagar ao autor, indenização por danos morais no valor de R$ 17.000,00, atribuído à causa e que considero adequado, tendo em vista o grau da ofensa, as condições financeiras do ofensor e do ofendido e levando em consideração o efeito didático-compensatório que a indenização deve refletir”.

É lastimável que a diretoria da Celesc teime em manter no cargo gerentes que possuem essa prática, assumindo com tal atitude também a responsabilidade, prejudicando a saúde dos/as trabalhadores/as e sujando a responsabilidade social da empresa. Está na hora de fazermos mais uma campanha de moralização na Celesc, pois, tal descontrole está afetando moral e eticamente muitos/as trabalhadores/as.

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