O juiz Diego Cunha Maeso Montes, da 3ª Vara da
Justiça do Trabalho de Barueri (SP), condenou a Walmart a pagar indenização R$
140 mil por danos morais ao funcionário Eduardo Grimaldi de Souza, 40, que
foi obrigado a rebolar em reuniões diárias, enquanto entoava um canto de guerra
da empresa. .
O canto dizia: "Me dá um W, um A, um L, Me dá um rebolado".
“Cheguei a querer a faltar ao trabalho. Tenho 1,75 m e cem quilos. Não me
sentia à vontade”, disse Grimaldi. Ele trabalhou na Walmart de 2000 a
2009.
Cada funcionário tinha de rebolar diante de sua mesa de trabalho. Quem não o
fizesse – o que ocorreu várias vezes com o tímido Grimaldi – era obrigado a
chacoalhar os quadris diante de 300 pessoas.
Para o juiz, a Walmart agiu como se a época fosse medieval, quando havia
“servos da gleba”, os quais, "mudos e calados, tinham de se submeter a
todo tipo de ordens e caprichos de seu dono".
A empresa informou que vai recorrer da sentença sob a alegação de que o
rebolado não "era obrigatório".
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